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Alexandre Dias

Alexandre Dias na estreia com a camisola da EM'Força em provas, na Corrida do Dia do Pai, no Porto.

A experiência EM'Força

Como é que ficou a conhecer a EM'Força?

Fiquei a conhecer a EM'Força através da página da SPEM no Facebook.

 

O Alexandre tem EM. Como é que vê a existência de uma equipa deste tipo no âmbito da divulgação desta doença?

Confesso que, antes do diagnóstico da EM, desconhecia totalmente esta doença neurodegenerativa. Isto aconteceu comigo e com cerca de 95% das pessoas com quem converso. Ainda hoje, sinto uma grande falta de conhecimento sobre a doença e que facilmente é confundida com outras doenças. 

 

Na minha opinião, acho uma ideia incrível juntar a prática de desporto, ainda para mais quando vemos tantas campanhas a incentivar a sua prática, e como uma ótima forma de dar a conhecer o que é a EM. Isto suscita imensa curiosidade devido às camisolas vermelhas com a sigla SPEM, o que leva a questionarem-se sobre o que é e o que a doença é. É um excelente veículo de divulgação e forma de sensibilização.

 

Juntou-se há pouco tempo à equipa mas já somou duas participações em provas no Porto. Porquê correr pela EM'Força?

Se por cada prova conseguir fazer com que uma pessoa se questione o que é a EM, isso já é uma vitória para mim. Acho que é imprescindível divulgar uma doença que por vezes é “invisível” e incompreendida.

 

Sabemos que tem o objetivo de completar a Maratona do Porto este ano. Como é que alguém, com as possíveis limitações ligadas à doença, passa do momento do diagnóstico ao momento de pensar: "Vou correr uma maratona"?

Para responder a esta pergunta, vou começar pelo início. Fui diagnosticado com EM em 2010, o que me deixou devastado. Saber que somos portadores de uma doença autoimune, crónica, é devastador. Neste aspeto tenho que agradecer tanto à minha família como à minha namorada pela forma incansável de ajuda que me têm dado, sem eles teria sido muito mais difícil.

 

O diagnóstico não foi aceite de uma forma pacifica, muito pelo contrário: não entendi como era possível eu ter uma doença crónica, autoimune, que acho nunca ter ouvido até ao momento que me deram a possibilidade de diagnóstico. Foi como se tivesse ficado sem chão... Valeu-me - e vale muito - o apoio incansável da minha família e da minha namorada, que nunca me deixaram baixar os braços e sempre me deram a maior força para continuar a lutar e viver da forma mais pacífica e normal. Eu continuo a ser a mesma pessoa...

 

Quanto à ideia de correr uma maratona, surge com uma notícia que li sobre Annette Fredskov, que tinha corrido 366 maratonas no espaço de um ano, mas o que mais me despertou a atenção foi o facto de ser portadora de EM. Quando terminei de ler a notícia fiz uma pergunta a mim mesmo que mudou, radicalmente, a minha forma de ver as minhas limitações: “Se ela consegue correr 366 maratonas num ano, não serei capaz de fazer uma?”. 

 

Na sua opinião, qual a importância da atividade física para uma pessoa com EM?

Desde que comecei a treinar diariamente, tenho notado um decréscimo acentuado na fadiga sentida. Por isso, acho que a atividade física só é benéfica para quem tem EM.

 

Como vê o reforço desta componente da atividade física no âmbito da sensibilização para a EM?

Acho que é fundamental, até porque fazer desporto devia ser uma preocupação de todas as pessoas.

 

Relativamente ao seu passado desportivo, já corre há muito tempo?

Não, sempre gostei de desporto, cheguei a ser federado em Ténis quando tinha 14 anos, sempre corri por gosto e não com o objetivo de participar em provas. Comecei a despertar o interesse quando conheci o projeto EM'Força e a minha primeira prova foi no Porto, na Corrida do Dia do Pai.

 

Qual o primeiro objetivo que teve?

Correr 10 Km.

 

Qual é o objetivo atual?

Correr a maratona. Começo a ter ideias de fazer um duatlo (mas o objetivo principal é chegar a Novembro e fazer a maratona).

 

Em relação à EM'Força, qual será o grande desafio de 2014?

Correr pelo menos 150 Km em 2014 com a camisola mágica.

 

Como é que se prepara (plano de treinos, alimentação – algum cuidado especial)?

Treino 5 a 6 vezes por semana, seja ginásio ou corrida. A alimentação é o mais saudável possível, deixando um dia para as loucuras.

 

Para aqueles que já nos conhecem mas ainda não abraçaram o desafio de correr por nós, o que lhes diria?

Foi uma surpresa agradável abraçar este projeto, o espírito vivido nas provas é absolutamente fantástico. Recomendo vivamente esta experiência.

 

O que gostaria que a EM'Força fizesse por si?

Continuar assim. Acho que estão a fazer um trabalho gigantesco na divulgação da EM. Seria interessante pensar num projeto como “pedalamos com a esclerose múltipla”.

 

Numa palavra: correr pela EM'Força é…?

Correr pela EM'Força é LEGEN… WAIT FOR IT… DARY, LEGENDARY!

 

Abril 2014

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Objetivos alcançados

Maratona do Porto, 2015

Maratona de Frankfurt, 2015

Rock 'n' Roll Maratona de Lisboa EDP, 2015

Wings for Life World Run, Porto, 2015

Meia Maratona de Guimarães, 2015

Meia Maratona da Figueira da Foz, 2015

Meia Maratona de León, Espanha, 2015

Meia Maratona Cidade de Coimbra, 2014

Meia Maratona da Figueira da Foz, 2014

Meia Maratona do Douro Vinhateiro, Peso da Régua, 2014

D'Ouro Run, Gondomar, 2014

Corrida de São João, Porto, 2014

MEO Urban Trail, Porto, 2014

Corrida das Festas de São João de Braga, 2014

Corrida Popular da Costa Nova, Aveiro, 2015

Corrida Portucale, Porto, 2015

Corrida Urbana Terras de Santa Maria, Santa Maria da Feira, 2015

Grande Prémio São Pedro, Póvoa de Varzim, 2015

Corrida do Dia do Pai, Porto, 2015

SANFIL Corrida Académica Cidade de Coimbra, 2014

Corrida Liberty Seguros, Paredes, 2014

Corrida do Mar, Matosinhos, 2014

Corrida do Dia do Pai, Porto, 2014

Corrida do Parque à Noite, Porto, 2014

Marginal à Noite, Matosinhos, 2014

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Alexandre Dias com Sophie Pires no final da Corrida do Dia do Pai, no Porto, 2014.
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