A “magia” da EM’Força em Nova Iorque com a Run With Castro
O passado fim de semana não se cingiu à Maratona do Porto e à conquista do Alexandre Dias na distância dos 42 quilómetros. Em Nova Iorque, foram vinte as camisolas “mágicas”, sempre acompanhadas de sorrisos e de uma postura de grande solidariedade, como é tradição em quem faz parte desta equipa.
Tal como noticiámos, o atleta Pedro Castro, juntamente com a sua organização sem fins lucrativos, a Run With Castro, levou duas dezenas de camisolas “mágicas” até Nova Iorque para espalhar a mensagem da luta contra a Esclerose Múltipla na Dash to the Finish Line, a prova de 5 quilómetros que serve de antevisão para a Maratona de Nova Iorque.
Com alegria, boa disposição e uma enorme vontade de ajudar a colocar a EM no mapa, chamando a atenção para esta patologia, as suas implicações e a importância de nos batermos pela melhoria na qualidade de vida dos seus portadores.
O responsável por esta iniciativa de levar a EM'Força até Nova Iorque, Pedro Castro, resume da seguinte maneira a experiência de correr com a Esclerose Múltipla naquele "palco":
A experiência de correr em Nova Iorque foi fantástica! Na véspera da maratona, a Run With Castro juntou 20 atletas que, com a camisola da EM'Força, participaram na corrida de 5 Km Dash to the Finish Line, passando por algumas das mais emblemáticas atrações daquela cidade: Edifício das Nações Unidas, Universidade de NY, Edifício da Chrysler, Grand Central Station, 6ª Avenida, Radio City Music Hall e por fim Central Park. Chovia copiosamente, mas a causa que apoiávamos alimentava-nos a alma, pelo que apesar de molhados, cortámos a meta com o coração quente, conscientes de que tínhamos levado as mágicas camisolas vermelhas da SPEM ao centro do mundo!
A maratona de Nova Iorque do dia seguinte foi a concretização de um sonho que perseguia há dois anos. Experiência brutal! Começou com 3 horas de espera na ponte, em Staten Island, com zero graus de temperatura. Quase que entrei em hipotermia, mas consegui resistir até ao inicio da corrida. Tivemos ventos de frente durante 30 quilómetros, com rajadas de 55 km/hora. Cedo percebi que não iria dar para bater o meu record pessoal, pelo que decidi desfrutar de cada quilómetro como se fosse o último. A maratona passa pelos 5 bairros de Nova Iorque: Staten Island, Brooklin, Queens, Bronx e Manhattan. Em cada um, realidades muito distintas mas um denominador comum: multidões nas ruas a apoiar ao atletas. A nossa claque estava posicionada no quilómetro 26, no inicio da 1ª Avenida e quando passei deram-me o alento para os quilómetros que faltavam.
Os últimos metros que antecedem a meta em Central Park são absolutamente inesquecíveis! O sentimento de que poderia continuar a correr durante mais uns quantos quilómetros, mas não, o final é já ali e o relógio marcava 3h16m. Lugar 1987 da classificação geral e 359 no meu escalão etário (40-44). Não foi record, mas foi a melhor experiência de sempre! A corrida da minha vida!
Um forte abraço!
Gostaríamos, por isso, de agradecer ao Pedro Castro por ter tornado esta iniciativa possível e por ter carregado a nossa mensagem com uma garra que muitos nos orgulha e emociona.
Por fim, gostaríamos também de congratular a atleta portuguesa Sara Moreira, que, também na Maratona de Nova Iorque, arrebatou a medalha de bronze e ajudou a enaltecer o nome de Portugal e o Desporto português.